Pornografia diz como serão as novas mídias!

quinta-feira

Nos últimos anos, estudiosos de diversas áreas tentam mostrar que, se não fosse o impulso humano por imagens sexuais, muitas das ferramentas virtuais da nossa rotina (de suporte telefônico a vídeos por streaming) não existiriam.
O primeiro a afirmar isso foi o advogado e professor de direito da New York Law School, Peter Johnson, que escreveu, no começo da década de 90, um longo ensaio intitulado Pornography Drives Technology: Why Not to Censor the Internet (Pornografia Guia Tecnologia: Por que Não Censurar a Internet) defendendo a legalidade da pornografia no país. Para ele, o mundo das diversões adultas era uma lucrativa plataforma de test-drives de novas tecnologias de comunicação e que, por enfrentar muitas dificuldades para entrar no mercado convencional, sabia inventar soluções alternativas para consumo como nenhuma outra.
Foi assim, por exemplo, com o sistema de tarifas telefônicas por minuto, criado por empresários americanos do ramo erótico, em 1982. Depois do processo antitruste movido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra a AT&T, pequenas empresas alternativas contrataram funcionários de ambos os sexos para simular relações íntimas com quem estivesse do outro lado da linha. Em questão de meses, milhares de americanos gastavam muitos dólares e horas para conversar com personagens provocantes. Era o início de um novo mercado. As empresas tradicionais, pouco depois, adaptaram seus modelos de negócio e contrataram técnicos de suporte, astrólogos e até conselheiros amorosos para manter o consumidor preso ao telefone.
Algo parecido aconteceria em meados de 95 com o pay-per-view, também nos Estados Unidos. Em crise, produtoras americanas resolveram vender seus filmes adultos sob demanda num acordo com as empresas de TV a cabo. Bastava usar o telefone ou controle remoto. O sucesso foi tão grande que, nesta época, dezenas de novos estúdios pornôs surgiram e as emissoras mais bem comportadas resolveram imitar a estratégia.
Hoje a maior parte das empresas do ramo adulto lucra muito mais com a internet do que com as vendas físicas (revistas e DVDs, por exemplo). O cenário é muito concorrido, mas muitos souberam aproveitar isso e experimentaram novas táticas sem medo de errar. Criaram boas fórmulas de negócio mesmo. As empresas de sucesso trazem conteúdos novos, imediatos, com boa experiência de uso, e tudo isso de graça ou por preços baixos. Isto é, trazem algo novo para o usuário, que pode ser uma cena melhor filmada, uma história mais bem contada ou uma possibilidade de interagirem direto com as atrizes. Esse parece ser o segredo: uma melhor experiência que faça a pirataria não compensar.

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